Mudando o mundo a partir da mesa
Movimento Slow Food propõe alimentação consciente por meio de campanhas e desafios
Por Élen Guimarães
Não é de hoje que temos a esperança de vivermos em um mundo melhor. Porém, poucos percebem que a mudança pode vir de gestos simples. E se a sementinha da transformação estivesse presente também na forma na qual nos alimentamos?
O Slow Food surgiu em Bra, no norte da Itália, com o simples objetivo de incentivar um ritmo de vida mais lento, a boa comida e o prazer gastronômico, dizendo NÃO ao Fast
Food. Porém, hoje, as metas do projeto vão muito mais além. Presente no mundo todo, o
Slow Food prega o consumo correto dos alimentos, evitando o desperdício e incentivando uma alimentação mais consciente.
Aqui no Rio Grande do Sul, um dos seguidores do movimento é Slow Food Sul Porto
Alegre, liderado pelo professor de gastronomia Alexandre Baggio. “Ao viajar para a Itália para fazer a minha Pós Graduação, acabei me identificando muito com a ideologia do Slow
Food. Voltei da Europa em 2008 e depois de um tempo acabei sendo convidado para liderar um dos grupos aqui do estado”, conta Alexandre.
Hoje, o convivium propõe desafios, eventos e encontros voltados para públicos de diversas idades. A meta é espalhar a filosofia do Slow Food. O último desafio lançado pelo grupo foi o Slow Fish, que começou na semana de páscoa e ainda continua. O objetivo deste e de outros desafios é educar as pessoas a consumirem produtos regionais, artesanais e que não prejudiquem o meio em que vivemos.
Na campanha do peixe, qualquer um pode elaborar uma receita com animais regionais e que não estejam em extinção. Depois é só clicar e compartilhar a ideia na página
Slow Food Sul Porto Alegre, criando uma corrente da filosofia. Com base nas pesquisas de
Paulo Milani, os peixes indicados pelo desafio são: traíra, tainha, pintado e corvina. Outra proposta é utilizar ingredientes encontrados aqui na região, para incrementar as receitas.
A Chef Daniela Craidy, do Iaiá