Mudando paradigmas na educação
A maioria dos professores teve uma formação pautada pelos pressupostos da ciência moderna, que se tornaram obsoletos para entender e intervir na realidade contemporânea. Somos convidados a conceber e a agir em um novo paradigma, que possibilite compreender as necessidades do contexto atual e agir sobre elas. Tal artigo visa assim, apontar e discutir os pressupostos de cada paradigma, e refletir sobre as mudanças que se fazem necessárias nas concepções educacionais para que a ação didática venha a contribuir com o processo de humanização de docentes e discentes, possibilitando que a inserção social dos sujeitos seja crítica, responsável e transformadora. Os problemas que temos enfrentado em todos os setores, inclusive no educacional, são facetas de uma só crise, que é essencialmente uma crise de percepção. Tentamos aplicar os conceitos da ciência moderna, com a sua visão de mundo mecanicista da ciência cartesiana-newtoniana, a uma realidade que não pode mais ser entendida em função desses preceitos. Hoje, vivemos num mundo globalizado, onde os fenômenos biológicos, sociais, psicológicos, ambientais são todos interdependentes. “Para descrever esse mundo apropriadamente, necessitamos de uma perspectiva ecológica que a visão de mundo cartesiana não nos oferece. Precisamos, pois, de um novo ‘paradigma’ – uma nova visão da realidade, uma mudança fundamental em nossos pensamentos, percepções e valores”. Todavia, a mudança de percepção se faz muito em função do conhecimento, possibilitando com isso, resignificar concepções e ações. Tem-se como meta que o conhecimento possibilite a mudança de percepção, bem como a compreensão das transformações necessárias para que a ação educativa venha a contribuir “com o processo de humanização de docentes e discentes numa perspectiva de inserção social crítica e transformadora”. Mudanças nada fáceis, visto que a maioria dos