movimentos de maio de 68
Os acontecimentos de maio de 68 ocorridos em vários países como França, Brasil, México, Chile, Estados Unidos e Portugal entre outros, ficaram para o mundo como ícone de grandes e profundas transformações que se consolidaram (ou continuam em processo de consolidação) 40 anos depois. Havia naquela década uma juventude libertária e sonhadora que se descobria com poder, com consciência crítica e vontade de mudar o mundo rompendo com modelos comportamentais, sociais e políticos. Os ideais de liberdade, de igualdade direito, de redemocratização constituíam um sonho coletivo e se concretizava nos protestos, nas grandes passeatas e nas palavras de ordem.
Na França, os acontecimentos de maio de 68 tiveram início com o movimento estudantil que foi às ruas lutar por uma Universidade livre dos padrões formais, pelo fim das posturas conservadoras e pela ampliação dos direitos civis. O movimento francês repercutiu no mundo inteiro e vários outros países europeus desencadearam movimentos reivindicatórios. Nos Estados Unidos, o avanço do movimento negro aumentava as tensões sociais que atingiu seu ponto máximo com o assassinato de Martin Luther King. Crescia também os protestos contra a guerra do Vietnã. A Primavera de Praga marcava um período de liberalização política na Tchecoslováquia com o objetivo de mudar as estruturas políticas, sociais e econômicas daquele país.
Na América Latina, Brasil, Argentina e Chile entre outros, se encontravam mergulhados em regimes totalitários. O Brasil, há quatro anos sob regime militar, vivia o auge da ditadura. O descontentamento com o governo militar que revelava uma forte tendência à privatização do sistema educacional era crescente principalmente entre os estudantes. Em 68 o movimento estudantil ganhou força e junto à classe trabalhadora foi às ruas protestar pelo fim da ditadura, contra as prisões, torturas e cassação de políticos que se mostrassem conta o regime.
No final de 68 os militares