Movimento social: funk
JUVENTUDES CONTEMPORÂNEAS, COMPORTAMENTE E
PSICOLOGIA SOCIAL
Movimento cultural do funk
Novo Hamburgo, 15 de junho de 2011
Introdução
No presente trabalho, iremos explanar a cerca do movimento cultural do funk. Assim como outros movimentos juvenis atuais, o funk tem um papel fundamental na representação do cotidiano das favelas do Rio de Janeiro (região alvo das pesquisas). Apesar de retratar uma pequena parcela da população brasileira, os jovens da favela e das periferias possuem questões sociais muito distintas do resto da juventude do Brasil, portanto, não podemos subjugar ou menosprezar essa parcela pobre do nosso país. Entre os jovens brasileiros de hoje, a desigualdade mais evidente é a social. Para quem mora nas favelas, o endereço também traz consigo o estigma das áreas regadas pela violência e corrupção dos traficantes e da polícia. O “endereço” tora-se mais um critério de seleção. No imaginário da sociedade, quem mora em local de bandidos, um bandido em potencial é, descartando ainda mais as possibilidades de conseguir um emprego. Estar no mercado de trabalho, mesmo que precariamente, em certas situações é garantia de acesso a certos bens materiais e também respeito e apreço da família, ao consumo de alguns bens que demarcam identidades juvenis. Em muitos casos, não tendo uma fonte de renda para adquirir alguns bens – uma vestimenta característica, por exemplo –, os jovens acabam por se unir aos traficantes, dessa forma adquirem os valores necessários para expressarem, através da indumentária, a sua individualidade. Quando analisadas pesquisas sobre escolaridade, é indicado que os jovens mais pobres também não se iludem, para eles, a escola já não é vista como garantia de emprego. Os diplomas são cada vez mais vistos como “cheques sem fundos”. Essa geração expressa sentimentos