Movimento música viva
De maneira geral, a importância do movimento Música Viva é ainda hoje sub-avaliada. Os jovens compositores Cláudio Santoro, César Guerra-Peixe, Eunice Katunda e Edino Krieger, entre outros músicos, liderados por Koellreutter, são não apenas responsáveis pela primeira fase da composição atonal e dodecafônica da música brasileira. Cabe a eles mais precisamente a criação de uma nova perspectiva da produção musical, imbricada numa concepção contemporânea da função social do artista. Enquanto movimento que foi, Música Viva gerou intensa dinâmica cultural, agregando ao amplo conjunto de atividades promovidas - concertos, audições experimentais, conferências, cursos, programas de rádio, edição de boletins e de partituras, etc – temas contemporâneos para reflexão e oportunidades instigantes para debates. Todas essas iniciativas ofereceram-se como ricas alternativas de participação, provocando um aceleramento na compreensão da arte, do músico e de seus respectivos papéis na sociedade de sua época.
Música Viva foi um movimento musical concebido sob o tríplice enfoque: Educação (formação) – Criação (composição) – Divulgação (interpretação, apresentações públicas, edições, transmissões radiofônicas), que integrados tiveram intensidades proporcionais ao longo de sua existência. Podemos distinguir três fases em sua