Morte, um enigma
A Morte, um enigma
Sempre considerada um dos maiores mistérios e nunca aceita pelo ser humano, a morte recebe diversas versões, científicas, religiosas, culturais, entre outras. Mas muitas vezes eu penso, o que pensar sobre a morte? Claro que, é um mistério desafiador e, por consequência, temos uma imensa vontade de descobrir, mas se mau temos noção do que é a vida, sendo que a vivemos há anos, como descobriremos o que é a morte, sem nunca tê-la experimentado? Portanto, apesar de adorar estes mistérios, prefiro concordar com Epícuro e buscar ser indiferente a ela. Interessante a visão de Cortella sobre os velórios. Sempre fui contra velórios, tanto que não os frequento desde que pude fazer esta escolha. Prefiro aproveitar meu tempo para fazer outras coisas que me agradam, ou mesmo, para relembrar da pessoa querida que faleceu. Por falar em lembranças, eis o ponto que concordo com Cortella e, acredito que o objetivo de seu texto seja este mesmo, não incentivar os velórios, mas sim, as verdadeiras lembranças com amor das pessoas que infelizmente não vivem mais conosco, não somente no dia de sua morte ou por um período de tempo depois, mas sempre que der saudade, relembrar com prazer, apesar da inconformidade que sempre persistirá. Ora, velório “drive thru”, parece uma piada. Mas, por incrível que pareça, o autor ressalta muito bem o quão damos importância a todos nossos “deveres” na vida e, nem tanto assim, a vida em si. Então, mesmo não gostando de velório, concordo com Cortella, pois compreendo que a questão não é ficar próximo a um corpo morto, mas sim, nunca deixar que a pessoa morta se vá de nossas memórias e sentimentos. Certa vez, li que, “os melhores livros são os que dizem o que já se sabe” (1984 – George Orwell). E, Rubem Alves, em seu texto sobre a morte e o morrer disse o que eu já sabia, porém de um forma capaz de conquistar-me através desta leitura e, até mesmo, esclarecer-me aquilo que