A morte como enigma
O tabu da morte Antigamente, o moribundo permanecia em casa, sua agonia era acompanhada por parentes, amigos e vizinhos e ele tinha consciência de estar morrendo, porque nada lhe era ocultado. Depois, o morto era velado em sua própria casa, com presença de crianças. Esses costumes mudaram, aceleraram o processo de individualismo e, consequentemente mudou o sentido da morte. Agora, quando alguém morre não é mais velado em casa e sim, no necrotério, para onde não se costuma levar crianças. É comum também, esconder a morte de doentes terminais, as famílias com a cumplicidade do médico escondem dos doentes o fim próximo, para evitar uma dor antecedente.
O cuidado paliativo
É um tipo de atendimento aos pacientes incuráveis que não apressa nem retarda a morte, mas visa aliviar a dor, dar conforto possível ao doente e evitar a terapêutica invasiva. Alega-se pelos critérios de justiça que seria possível reconhecer o momento para esperar que a morte venha naturalmente, sem adiá-la por meios artificiais. Não existe unanimidade em acatar essa orientação por parte de médicos e familiares, e, mesmo quando é aceita resulta de um debate ético entre médicos, parentes e o doente, quando ainda está lúcido.
A eutanásia
Diferente do cuidado paliativo, a eutanásia é uma maneira de provocar a morte deliberadamente, seja de um doente terminal, seja de alguém que deseja