Moral e Ética
Moral (palavra que vem do latim mores) é a parte da filosofia que trata dos costumes ou deveres do homem para com os seus semelhantes e para consigo mesmo.
Em filosofia, a moral é estudada por dois ângulos bem diferentes: moral costumeira e moral refletiva.
A moral costumeira aponta para as regras de conduta nos hábitos de nossos maiores e a moral refletiva tem que ver com a consciência e com a razão de quem pratica este ou aquele ato.
A moral costumeira é fácil de ser entendida, uma vez que ela é agregada aos costumes, isto é, ao procedimento do homem, adquirido no meio em que ele nasceu e viveu. A fim de que se tenha a noção da diferença que existe entre os dois tipos de moral, por nós apontados, basta que se faça um estudo de grande parte dos diálogos de Platão para que se note que Sócrates é quase sempre apresentado como a ensinar que a virtude pode ser aprendida. Para Sócrates, a fim de que se possa alcançar a virtude, necessária se torna a presença de uma moral refletiva e que seja estável.
Porém, é preciso que se tenha em mira que a teoria da moral não se cristalizará quando existir de fato o conhecimento do que seja certo ou errado, uma vez que, neste caso, motivo não haverá para reflexão.
Quando se pensa em dúvidas que os dois tipos de moral podem estabelecer entre si, Aristóteles nos dá uma fórmula perfeita para que tal não aconteça: o autor deve ter um ato moral ao praticá-lo, deve estar sob certo estado de espírito, isto é, primeiro, deve saber o que está fazendo; segundo, deve escolher o que vai fazer por si mesmo; terceiro, o ato deve ser a expressão de um caráter formado e estável. Em outras palavras, o ato deve ser voluntário, demonstrando que houve uma escolha e, pelo menos, para completa moralidade, a escolha deve ser a expressão do conteúdo geral e da formação da personalidade. Deve, antes de mais nada, envolver a percepção do que se pretende: um fato que concretamente signifique que deve haver um propósito, um