Momento Historico
Prof. Dr. Fábio José Rauen2
Resumo
O artigo apresenta elementos para a discussão teórica sobre a necessidade de distinção entre produto textual (documento), processo textual (padrões organizacionais) e discurso. Fazendo uma analogia com o programa de edição de textos “Microsoft Word®” e vendo documento como possibilidade de paradiscurso, algumas reflexões decorrentes dessa distinção são abordadas. palavras-chave Texto, discurso, lingüística, coesão, coerência
1 introdução
No esforço de verificar a influência do sublinhado de um leitor anterior na escolha de elementos lingüísticos de artigos de divulgação científica de “Ciência Hoje” para a produção de resumos informativos por parte de acadêmicas de pedagogia, foi fundamental estabelecer parâmetros de diferenciação entre texto (processo e produto) e discurso. Numa tentativa de distingui-los, fiz uma analogia com o programa de edição de textos “Microsoft Word®”.
Neste programa, os textos são salvos como documentos do “Word” e recebem, logo após o nome de identificação, a expressão “.doc”, forma como o programa interpreta ser o arquivo um documento de textos.
Por outro lado, há uma árvore de arquivos denominada de “.dot”, cuja função é salvar modelos de documentos. Isso posto, o usuário pode abrir um novo arquivo optando por qualquer dos modelos de documentos acessíveis. Em outras palavras, pode-se abrir um documento e optar pelo modelo de “carta comercial” ou mesmo “tese acadêmica”.
Qual a conseqüência dessas opções? Todo o documento em questão passa a ser subordinado aos padrões estabelecidos pelo modelo. Assim, tipo e tamanho de fonte, estilos de edição, uso de determinadas correções automáticas, entre outros, são predeterminados pelo programador do modelo “.dot”.
Todavia, essa predeterminação não engessa o usuário. Ele pode, de acordo com suas convicções, alterar o modelo, buscando novos efeitos, que podem ser permanentes, isto é, partes