Momento Histórico

Segundo Sergio Lessa, pode-se considerar este como um ponto positivo a crise, transformando-a em um novo momento de prosperidade. Considerando o sofrimento como necessário para a transição de um novo período de crescimento econômico. Com base nesta crise duas interpretações referente a “nova ordem mundial” de forma esperançosa foram propostas. A primeira propaga-se indevidamente uma compreensão equivocada do Mercado Comum Europeu: a suplantação da crise dar-se-ia pela constituição de blocos que por conseguinte eliminariam as fronteiras nacionais e os bloqueio à livre circulação de mercadorias e de força do trabalho. A segunda interpretação, foi a febre japonesa. A superação da crise e o crescimento econômico seriam decorrentes da adoção do “modelo japonês”.
Tais interpretações equivocadas, fazem um elogio a crise, justificando a passagem dolorosa como necessária à prosperidade econômica. A desumanidade do desemprego e o fim do emprego com carteira assinada e com alguma estabilidade nada mais seriam que o preço da tal prosperidade econômica. O trabalho imaterial seria a superação da concepção materialista de Marx, que eles denominam de “objetivista e determinista”, segundo a qual a transformação da natureza nos meios de produção e de subsistência seria a categoria fundante do mundo dos homens. Trata-se, portanto, de um confronto em toda a linha com a concepção ontológica marxiana e, consequência por eles assumida explicitamente, também com sua concepção revolucionária.

“A “nova ética” nada mais é que a proposta de uma revolução passiva a partir da redução do comunismo a um estilo de vida alternativo que se pode afirmar no interior da ordem do capital. Vamos nos deter brevemente sobre um desses pontos.
Para esses autores, em suma, a causa de transformações históricas dos últimos cinco século seria a irreversível afirmação do amor para o tempo. Ele teria convertido o mundo feudal no mundo feudal no mundo moderno e, após a Revolução Russa, teria propiciado