Modernismo Revisitado
Eduardo Jardim de Moraes fez mestrado na PUC, doutorado na UFRJ e pós-doutorado fora do país, na Alemanha. Publicou diversos artigos sobre filosofia e pensamento brasileiro. Ele é especialista no modernismo de Mário de Andrade, citando por diversas vezes na sua obra ''Modernismo Revisitado'', da qual falarei adiante.Além disso, também escreveu o livro ''Abrasilidade modernista: sua dimensão filosófica''. No seu texto, o autor nos fala sobre o período do modernismo no Brasil e que mudanças ele acarretou na sociedade da época.Para alcançarmos o modernismo perfeito, era necessário buscar uma identidade nacional, inexistente nesse período.Para isso, era necessário afastar as construções menos importantes, passadistas, para criar uma noção de brasileiro. No começo do movimento, primeira parte, os modernistas importam da Europa grande parte de seu material, até 1924, com o objetivo de integrar o Brasil à ordem moderna universal e também atualizar a produção nacional.Porém,Eduardo Jardim mostra que essa tarefa não foi um sucesso, uma vez que o atraso cultural brasileiro em relação às potências européias ainda era presente. Em um segundo momento,são usadas as particularidades da sociedade brasileira para construir uma estética modernista, em vez de se importar material europeu, que nada condizia com a cultura nacional.Com a finalidade de tornar o Brasil artisticamente civilizado, era necessário criar uma arte completamente brasileira, ou seja, incorporar o Brasil no cenário internacional. O autor cita diversos autores modernistas como, por exemplo, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Tristão de Athayde, sendo este último, anti-modernista.Com base nestes autores,Eduardo Jardim constrói uma visão crítica de oposição ao movimento presente nessa época.Também é citada a exposição de Anita Malfatti, advinda das críticas de Monteiro Lobato às obras da pintora,