Modernismo Latino Americano
Porém, apesar de algumas semelhanças e influências com o movimento da Europa, a proposta principal e comum a todas as vanguardas artísticas latino-americanas foi a ruptura de dependência cultural com a mesma e o desejo de criar uma arte “não-colonizada”, exaltando as qualidades nacionais, e tratando das questões que afligiam as sociedades americanas.
A principal questão em voga era a da representação das identidades nacionais, uma vez que os artistas e intelectuais dos movimentos enxergaram a necessidade de posicionar o lugar da América no mundo (ação suscitada pelos centenários das independências), criando um novo universo de referências. Tais criações foram híbridas, heterogêneas e mutáveis, e constituídas de reelaborações de ideias adaptadas dos movimentos europeus de acordo com a concepção artística de cada autor, as quais o impacto extrapolou os âmbitos nacionais.
Pode ser percebida em duas vertentes principais, uma que buscou a retomada de elementos culturais na tradição e raízes populares e outra que decidiu usar estes mesmos elementos para criar novos símbolos e identidades. Essa busca quando se dá no campo artístico levanta a questão da natureza da arte e sua relação com a nacionalidade. Na Argentina, por exemplo, a onda de imigração no fim do século XIX e começo do XX fez com que os intelectuais questionassem o que era o “argentino”. Para alguns grupos deveria ocorrer uma ação depuradora em relação ao passado, dando nova compreensão a arte. Assim retomaram a figura do gaúcho como