Modernidade x superficialidade
Começo esse texto com uma constatação: as transformações nas relações humanas, em pleno século XXI.
Todas essas mudanças se dão de forma implacável. Abrangem as diferentes formas de organização humana e promovem transformações nas relações entre os seres humanos, como: individualismo, fragilidade dos laços afetivos, desvalorização da vida alheia, banalização da educação, surgimento da violência e perda dos ideais de coletividade. As mudanças vêm de todas as direções, na forma de efeito cascata, sem que seja possível controlá-las. Caminhamos para um mundo que constitui novos sistemas de valores, sagra novos ideais e, necessariamente, força as pessoas a se reposicionar.
Entre todas essas mudanças, as pessoas estão tornando-se superficiais, ninguém quer envolvimento ou compromisso. Vive-se com medo de tudo, até de sofrer. É a superficialidade dos tempos modernos, distanciando o ser humano das coisas fundamentais da vida.
Tudo isso se reflete nas novelas, nos programas de televisão ou nas peças de teatro, dando-se preferência às catástrofes, baixarias, fofocas e pelo riso fácil de piadas sem graça. Não se faz questionar, pensar, provocar, refletir.
Nestes tempos de relações artificiais, onde bisbilhotar a vida alheia é mais interessante do que entender o porquê das injustiças sociais, precisamos redirecionar o rumo que levou a vida humana, fútil e vazia.
Ao observar e vivenciar todas essas mudanças, cansei de ver e ouvir os mesmos absurdos; cansei de tolerar a deturpação das coisas e a inversão dos valores por aqueles que têm a mente fechada. E pensar que o ser humano se distingue das outras espécies pela capacidade de raciocinar e melhorar o seu meio!
É triste ver pessoas se orgulhando da falta de educação e confundindo grosseria com personalidade forte. Muitas pessoas que assim se intitulam, usam esse título para justificar sua falta de controle, maturidade e principalmente senso de integridade e justiça. Então, somos obrigados