Modernidade x Brasilidade

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Tratar da arquitetura modernista desenvolvida no Brasil é retomar soluções técnicas desenvolvidas no período colonial atreladas ao cenário cultural e econômico do início do século XX. Antes de analisar técnica e culturalmente o Brasil do período modernista, é prudente levar em consideração seus fatores geográficos: alta incidência solar, predominância do clima tropical, misto de planícies e planaltos regulares com terrenos acidentados.
Observar as cidades em que a arquitetura brasileira obteve maior destaque também se torna importante: Rio de Janeiro – capital federal na época -, São Paulo – maior cidade brasileira -, Belo Horizonte – capital de Minas Gerais, importante polo econômico. Posteriormente, outras capitais também se destacaram: Porto Alegre e Curitiba, no sul; Salvador e Recife, no nordeste. Brasília, capital projetada no auge da arquitetura modernista brasileira, é o maior exemplo de fertilidade para os pensamentos dos intelectuais da época.
Desde as origens de nossa identidade, a importação de estilos artísticos europeus sempre esteve muito presente em nossa cultura. Desde o período colonial isso se mostra presente: igrejas ricamente ornamentadas, frontões greco-romanos, palazzos italianos foram amplamente reproduzidos em nossas cidades coloniais. Porém, as soluções técnicas tomaram diferentes rumos, naturalmente. A começar pelo material utilizado: por não possuirmos grandes pedreiras, mas grandes reservas argilosas, o barro foi amplamente utilizado como material estrutural, característica que se mantém até hoje. O tratamento da edificação para tornar-se agradável ao nosso clima também merece destaque: grandes varandas e beirais, além do aproveitamento dos ventos.
A importância de citar técnicas coloniais explicita-se se analisarmos as construções modernistas: brises-soleil, espaços livres cobertos e pilotis exercem as mesmas funções dos elementos citados anteriormente, com a diferença de atenderem a princípios modernistas: voltar-se para o

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