Modernidade Líquida
O sociólogo Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que têm produzido diversas obras preocupadas com os tempos recentes. Polonês nascido em 1925 vivenciou a Segunda Guerra Mundial e a ocupação nazista que o obrigou a se exilar na União Soviética.
Iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia. Publicou mais de quarenta livros, entre eles a “Modernidade Líquida”, onde o autor aborda cinco itens que nos guiam na leitura: emancipação, individualidade, tempo e espaço, trabalho e comunidade.
Aposentado desde 1990 é professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, e cunhou o conceito de “modernidade líquida” como uma nova forma de analisar as mudanças sociais e humanas de maneira fluida e contínua.
Emancipação
Bauman traz em discussão a temática da liberdade e seu conceito não simplesmente enquanto direito do indivíduo, mas como a possibilidade de poder agir de acordo com seus pensamentos e desejos porém, dentro de certos padrões ou realidades existentes, marcando como uma realidade mista. Na chamada Modernidade Líquida ao menos a sensação de liberdade individual foi atingida e todos, homens e mulheres podem considerar-se mais livres, mas responsáveis por seus atos.
Enquanto na modernidade sólida havia uma rigidez e dureza frente às possibilidade de adequação ou adaptação a novas formas e situações, na modernidade líquida o indivíduo passa do estado de agente passivo para o de agente ativo. Bauman defende a autonomia, a liberdade de escolha e da autoafirmação humanas, do direito de ser e permanecer diferente”, há uma hospitalidade à crítica.
Duas características principais são dadas pelo autor para essa nova modernidade. Como muitas particularidades da modernidade continuam a existir, para Bauman não há um fim determinado no caminho, mas sim oportunidades, desejos, realizações a serem perseguidas continuamente.
Nesse percurso, há uma “desregulamentação e a privatização das tarefas”, aquilo que