Modernidade líquida
O seu drama não era o drama do peso, mas o da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser. [...] A contradição pesado/leve é a mais misteriosa e a mais ambígua de todas as contradições".[1]
Zygmunt Baumam, sociólogo polonês, explora de maneira diferenciada, no seu livro Modernidade líquida comportamentos sociais que passam desapercebidos pela maioria das pessoas. aborda de uma maneira bem interessante as transformações pelas quais a sociedade contemporânea passa em suas diversas esferas de atuação: pública, privada, os relacionamentos humanos, as relações do Estado e as instituições sociais.
Utilizando conceitos como fluidez, solidez, maleailidade, flexibilidade, entre outros, colocará o esgarçamento do tecido social e suas consequências para o âmbito dos relacionamentos humanos como através da metáfora da liquefação. De acordo com o autor, vivenciamos transição de uma fase histórica, onde a dureza, a demarcação espaciais, a solidez se colocam como características principais para um período de desengajamento e dos produtos descartáveis, onde a quase-instantaneidade se faz presente de formas bem demarcadas em praticamente todos os setores da sociedade. O autor distingue a modernidade em dois períodos, a chamada modernidade sólida e modernidade líquida. Essa modernidade inicial é caracterizada, principalmente através da ideia de projeto moderno. Esse projeto consistia em tornar transformar e melhorar o mundo através do ordenamento racional e técnico. Para Bauman, essa modernidade seria aquela que ainda estava presa ao espaço e ao “tempo congelado da rotina da fábrica, junto com os tijolos e argamassa das paredes, imobilizava o capital tão eficientemente quanto o trabalho que este empregava (pg.135)”.
Segundo Bauman,
“Pode-se associar o começo da era moderna a várias facetas das práticas humanas em mudança, mas a emancipação do tempo em relação ao espaço, sua subordinação à