Modelos de Administração
No que diz respeito das diferenças do modelo de administração burocrático em relação ao gerencial podemos mencionar o ponto de vista de
Bresser Pereira (1998), analisando a administração publica democrática se caracteriza por se concentrar nos processos, tais como a contratação de pessoal, nas compras de serviços e bens para que a administração possa funcionar de maneira eficiente, enquanto a administração publica gerencial prima por resultados. Na administração publica burocrática não é levado em conta o alto grau de ineficiência que envolve, pois acredita que se concentrando no processo ira combater com maior eficiência a corrupção e nepotismo. Já o sistema de administração publica gerencial prevê que, o combate ao nepotismo e a corrupção, só se faz por meio de medidas rígidas. Por outro lado, Bresser Pereira fala que administração publica burocrática é auto-referente, enquanto a gerencial é voltada para o cidadão.
A reforma do Estado que teve o seu ponto de partida no ano de 1995 objetivou a reforma administrativa com ênfase no equilíbrio das contas publicas e paralelamente elevar o potencial de atuação por parte do Estado, mudando as bases estruturais para implantar a troca do modelo burocrático de administração publica para o gerencial.
Em se tratando de um modelo pós-burocrático, houve a necessidade de se buscar mecanismos de gestão junto ao setor privado, e para que o Estado alcançasse uma eficiência econômica, foi necessária a aplicação da lógica de mercado. Dando assim inicio a uma grande transformação na maneira de como o
Estado presta os seus serviços.
Em termos de gestão publica, o modelo burocrático em momento algum chegou a se consolidar no Brasil, Podemos observar duas trajetórias de construção, uma
burocrática
outra
democrática,
mas
ambas
parecem
reciprocamente disfuncionais (Martins, 1997). Portanto podemos observar que o
Estado patrimonialista ainda está, impregnado na cultura política