modelo neoliberal e politicas educacionais
Patrimônio pode ser entendido como patrimônio histórico, o qual é pensando como um bem coletivo, ou seja, de um determinado grupo social com a pretensão de expressar uma dada visão ou memória desse grupo para construir ou reforçar uma memória identitária comum.
Tradicionalmente, o termo patrimônio denota aquilo que é passado de pai para filho, ou, em outras palavras, entre as gerações. Nas sociedades ocidentais, a ideia de patrimônio remetia a de bens materiais. Deste modo, ao ser associado à noção de cultura, valorizou-se esta última sob seu aspecto tangível. O Estado passou a proteger bens artísticos e arquitetônicos cujo valor entendia como essencial na formação da história da nação.
A preservação do patrimônio cultural, em todos os seus aspectos, fortalece a ideia de pertença de um sujeito a um grupo social. Assim, a partir do momento em que o Estado buscou tutelar este patrimônio, intentou propagar um sentimento de nação, baseado na ideia de cidadão.
Elaborada dentro deste contexto, a Constituição Brasileira de 1988, pautou - se na proteção do patrimônio cultural, sob a ótica do seu conceito antropológico e da Declaração Universal de direitos do Homem, 1948. Em seus arts. 215 e 216 1 reserva um capítulo à cultura, reconhecendo o patrimônio sob o aspecto material e imaterial. Depreende-se assim, a partir da CR-88, o conceito de patrimônio cultural imaterial, como sendo o relativo às manifestações decorrentes da interação social, os modos de fazer, viver e recriar, a língua, as lendas, os contos, as rezadeiras, as festas populares, as dança, os costumes e, mais recentemente, saberes e fazeres os mais diversos.
Historicamente, o Brasil, enquanto colônia portuguesa experimentou a fusão cultural entre europeus, indígenas locais e negros trazidos da África para o trabalho escravo, num primeiro momento. Posteriormente, outros povos para aqui migraram trazendo sua cultura e modo de vida, como os espanhóis, alemães, italianos, japoneses.
Desta forma,