Modelo econômico na ditadura militar
Durante a ditadura foi abandonado o sistema nacionalista, e foi adotado um modelo de modernização das relações capitalistas, estruturado com base em alguns princípios, como:
- política do arrocho salarial das classes trabalhadoras;
- indexação dos preços das mercadorias de acordo com a correção monetária determinada pelos índices de inflação;
- política cambial que privilegiava a sobrevalorização do dólar;
- fim da estabilidade no emprego;
- modernização e ampliação da infraestrutura ligada aos setores agrícola e industrial; Os acontecimentos segue uma cronologia reveladora da lógica economicista dos governos dos generais presidentes. De início houve os planejamentos econômicos, que direcionavam-se organicamente a economia e educação, depois a materialização desses direcionamentos, com as reformas educacionais. Isto seguiu uma linha do tempo: “ Plano de Ação Econômica do Governo (1964-1966), Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico e Social (1967-1976), Programa Estratégico de Desenvolvimento (1968-1970), Reforma Universitária (1968) e Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino de 1° e 2° Graus (1971). Ou seja: no contexto da estratégia de crescimento acelerado e autoritário do capitalismo brasileiro, adotada durante a ditadura militar, a educação seguia a lógica dos interesses econômicos.” O modelo econômico executado pela ditadura militar funcionava como pólos. Em um destes estava o projeto de criar um CAPITALISMO NACIONAL, no outro estava o projeto de desenvolver um CAPITALISMO ASSOCIADO, com os Estados Unidos. Em certo momento o modelo tendia para o nacional, em outro tendia ao associado, ou seja, não tinha certa estabilidade.
No pré 64 houve uma polêmica nacional, travou-se uma oposição contra a Lei de Remessas de Lucro( Lei que obrigava as empresas estrangeiras a realizarem investimentos diretos no país, impedindo-as de enviarem seus lucros às matrizes.).