Modelo de Qualidade 5S como cultura organizacional
As empresas vêm se deparando rapidamente com a equalização do nível tecnológico, resultado do desenvolvimento acelerado dos meios produtivos e do acesso facilitado a eles. Como forma de agregar valor aos produtos e apresentar um diferencial, as corporações tem voltado a atenção para a evolução nas relações humanas, buscando desenvolver a cultura empresarial adequada ao seu crescimento. O modelo de qualidade 5S pode ser o ponto de partida para esse processo.
Há quem diga que praticar o modelo de qualidade 5S é praticar “bons hábitos” ou “bom senso”. Apesar da simplicidade dos conceitos e da facilidade de aplicação na prática, a sua implantação efetiva não constitui uma tarefa simples. Isto porque a essência dos conceitos é a promoção de mudança de atitudes e hábitos das pessoas. Hábitos e atitudes construídos e incorporados pela convivência e experiência das pessoas ao longo de suas vidas.
Ao tomarmos conhecimento de conceitos tão óbvios, somos seduzidos a iniciar imediatamente a sua implantação. Mas as atitudes e hábitos decorrentes da prática do modelo de qualidade 5S vão se chocar com hábitos e atitudes incorporadas na nossa maneira de ser e agir.
A dificuldade de “romper” com os conceitos e pré-conceitos arraigados em nós passa a ser um aspecto crítico da implantação. É preciso que seja criado um clima adequado e condições de alavancagem da mudança. É necessário dar suporte àqueles que estão conseguindo “romper” e ajudar àqueles que ainda não o fizeram, para que possam seguir a mesma direção do grupo. O rompimento deve ser coletivo para que possa se perpetuar, removendo, de forma definitiva, velhos hábitos e atitudes e substituindo-os por novos e melhores.
A prática destes conceitos de maneira forçada pode promover uma mudança apenas aparente, existente até que cesse a força que o impeliu a adotar aquela atitude de falsa mudança.
Portanto, a implantação do modelo de qualidade 5S precisa ser sistematizada e