modelo consumista de desenvolvimento
2 de Fevereiro de 2009
A crise que se apresenta tem sinais de gravidade. Os índices, as previsões e os números indicam uma situação preocupante. Possivelmente, o momento econômico mais restritivo desde o pós-guerra. Ainda que paire no ar alguma dúvida sobre a real dimensão do problema, caso se confirmem as expectativas de especialistas, estamos diante não apenas de um momento de crise, mas do esgotamento de um modelo. Atualmente, a vida na Terra está fortemente baseada na lógica desenvolvimento tecnológico – escala de produção – mercado em expansão, que permitiu o acesso aos bens de consumo, saúde, educação e infra-estrutura à boa parte da humanidade. Esse modo de vida ofertou esses benefícios aos países desenvolvidos e partes do resto do mundo, mas não conseguiu incluir um grande contingente populacional que vive à margem do progresso. Mesmo assim, esse modelo de desenvolvimento não está ruindo pro pressão social dos menos favorecidos ou movimentos populares de massa. Ele se desmonta a partir dos defeitos originais de sua concepção, com riscos concentrados em grandes corporações, acumulação livre e desenfreada, ambição ilimitada e interesses privados privilegiados sobre o bem social.
Ou seja, e cada vez mais ouvimos isso no atual contexto, a superação da crise econômica mundial passa pela mudança de modelo. Conforme amplamente divulgado por conta do Fórum Social Mundial – Belém 2009, será que estamos diante da crise definitiva do regime capitalista?
Que novo modelo pode ser sustentável a longo prazo?
O caminho ainda não está claramente definido, pode ser que não chegue a tanto, mas algumas tendências estão fortes. São elas:
1) A valorização da sustentabilidade: as preocupações com o futuro do planeta estão, definitivamente, no centro da agenda e devem assumir papel ainda mais relevante no novo modelo;
2) Um modelo de desenvolvimento mais humano: a exclusão de regiões, países e povos é inssutentável no século XXI, pois