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O documentário “Criança, a alma do negócio” de Estela Renner, demonstra de forma clara e precisa a realidade do consumismo infantil no cenário brasileiro. Com entrevistas e dinâmicas com pais, professores, especialistas e crianças de diferentes faixas etárias e classes sociais mostra como as crianças são influenciadas pela mídia, como pais e professores sentem e pensam sobre o assunto e como os especialistas avaliam este modelo social. Em uma das dinâmicas com algumas crianças, a entrevistadora coloca duas folhas no chão, cada uma com as palavras: Brincar e Comprar, e a seguir pede para que eles coloquem a mão naquela que mais gosta, e o resultado é a maioria das mãos na folha “Comprar” e uma na outra folha, dizendo: Ninguém gosta de brincar? O documentário se propõe a discutir e avaliar o consumismo infantil, como as crianças são expostas a propagandas (e a mídia em geral) e o quanto são influenciadas por esses meios de comunicação. Demonstra inversão de valores, explicitado por Yves de La Taille, Professor titular do curso de Psicologia da USP, em sua participação no documentário, diz:
“As bonecas de hoje, chamo de boneca, mas deveria ter outro nome porque a boneca de antigamente era um trabalho de maternagem, a menina era mãe da boneca, cuidava como se fosse um filho, um bebê. E hoje em dia, muita das bonecas não é, é projeção, você não é mãe da Barbie”.
Elaine dos Santos, Professora do Ensino público, também no documentário afirma que com a mídia desenfreada, e com a ideologia do “compre, que você será melhor” a criança vai deixando de ser criança, deixa de brincar, de percorrer espaços, construir, imaginar e criar. As meninas vão maquiadas à escola desde os