Modelo burocrático da administração
A partir da década de 1940 a Teoria Clássica e a Teoria das Relações humanas revelaram a falta de uma organização sólida e abrangente e que servisse de orientação para o trabalho de administrador. Alguns estudiosos buscaram na obra de Max Weber a inspiração para essa nova teoria da organização.
Os aspectos que levaram o surgimento da teoria da burocracia são:
a) A fragilidade e parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria de Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias, mas sem abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. Ambas revelam pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo.
b) A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente à fábrica, mas todas as formas de organização humana e principalmente às empresas.
c) O crescente tamanho e complexidades das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais bem-definidos. (página 242)
d) A sociologia da Burocracia propõe um modelo de organização e as organizações não tardaram em tentar aplica-lo na prática, proporcionando as bases da Teoria Burocrática. A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, ou seja, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
Max Weber não considerou a burocracia como um sistema social, mas principalmente como um tipo de poder. Para melhor compreender a burocracia Weber estudou três tipos de sociedade e os tipos de autoridades.
Weber distingue três tipos de sociedade:
A. Sociedade tradicional: onde predominam características patriarcais e patrimonialistas, como a família, o clã, a sociedade medieval.
B. Sociedade carismática: onde predominam características místicas, arbitrárias e personalísticas,