Resenha - Modelo Burocrático de Organização - Teoria Geral da Administração
Modelo Burocrático de Organização - Capítulo 11 Chiavenato
A partir da década de 1940, as críticas feitas tanto à Teoria Clássica, pelo seu mecanicismo, como à Teoria das Relações Humanas, por seu romantismo ingênuo, revelaram a falta de uma teoria da organização sólida e abrangente e que servisse de orientação para o trabalho do administrador. Alguns estudiosos foram buscar nas obras de Weber a inspiração para essa nova teoria da organização. Surgiu, assim, a Teoria da Burocracia na Administração.
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. As origens da burocracia remontam à época da Antiguidade. A burocracia, o capitalismo e a ciência moderna constituem as três formas de racionalidade que surgiram a partir das mudanças religiosas (protestantismo). Existem três formas de sociedade e de autoridade: tradicional, carismática e burocrática.
O modelo burocrático de Max Weber serviu de inspiração para uma nova teoria administrativa. As características da burocracia são: caráter legal, formal e racional, impessoalidade, hierarquia, rotinas e procedimentos padronizados, competência técnica e meritocracia, especialização, profissionalização e completa previsibilidade do funcionamento. As vantagens da racionalidade burocrática são evidentes, apesar dos dilemas da burocracia.
Para Weber, a burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas se resumem na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter a maior eficiência da organização. Todavia, ao estudar as consequências previstas (ou desejadas) da burocracia que a conduzem à máxima eficiência, Merton notou também as consequências imprevistas (ou não desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições. A essas conseqüências imprevistas, Merton deu o nome de disfunções da burocracia para designar as