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DESIGN FINLANDÊS: ANTECEDENTES HISTÓRICOS
O princípio básico do Funcionalismo – “forma segue a fun- ção” – é o mesmo das formas definidas há séculos de acordo com as necessidades práticas de uso. Isso explica a naturalidade da funcio- nalidade estética tanto na arquitetura como no design desenvolvido na Finlândia. A percepção do design finlandês é objeto-específico. O objeto carrega uma mensagem de cultura, mesmo além de seu meio ambiente original. O resultado é que, no ambiente cotidiano, pureza formal e funcionalidade acabaram por se tornar sinônimos de design finlandês, em uma tendência a enfatizar seu internacio- nalismo. Isto se tornou um paradoxo interessante, porque tais ob- jetos tornaram-se representativos do design internacional, embora continuem a falar com um acento finlandês.
A natureza fornece o motivo místico para o discurso do design. O “sentimento finlandês para com a natureza” é, provavelmente, um mito, mas como a maioria dos mitos, é simultaneamente verda- deiro e não verdadeiro. Não é apenas uma questão de apropriação de formas, mas é também gerado por um aparentemente ingênuo naturalismo ligado ao temperamento dos finlandeses, que deriva- ram suas ideias na criação de objetos, texturas e cores da natureza. As formas da natureza têm inspirado a construção de uma identi- dade cultural e artística desde a época do Romantismo Nacional, no fim do século do XIX. Na Finlândia, “natural” ou “não forçado” também são palavras associadas ao Funcionalismo, cujo design ideal é honesto em relação aos materiais, limpo, com formas reco- nhecíveis e com contato visual com a natureza.
Sempre é dito que os finlandeses encontram inspiração no gelo, na água e nas árvores. Eu amo a natureza apaixonadamente, mas eu realmente não posso me recordar onde eu apanhei aquela gota de criatividade. Eu não me apoio numa pinha e tenho ideias disto. Eu certamente amo pinhas, depois de ter trabalhado na indús-