JULIO VELA ALHO
O uso popular de medicamentos contendo drogas de origem vegetal ou de plantas medicinais é decorrente do conhecimento transmitido popularmente ao longo dos anos. A população usa este recurso, muitas vezes, acreditando que por ser medicamento natural não trará consequências ruins. Há um desconhecimento sobre as possíveis interações medicamentosas advindas do uso concomitante a outros medicamentos que, em diferentes níveis de gravidade, poderão comprometer a saúde do usuário de medicamentos (NICOLETTI et. al., 2010).
Tao importante para a saúde do ser humano quanto os medicamentos fitoterápicos ou plantas medicinais, os alimentos tem um papel fundamental no bem estar. A alimentação é de vital importância para a sobrevivência do ser humano, pois é a partir dela que ingerimos os nutrientes essenciais para que as atividades metabólicas seja realizadas. No tempo atual, a má alimentação tem sido fator preponderante para o aparecimento de uma série de enfermidades. A ingestão excessiva de produtos industrializados, comidas com alto teor calórico e com excesso de sal, tem cooperado bastante para agravar mais essa situação. Uma alimentação saudável contribui bastante para a prevenção de inúmeras doenças, como colesterol, diabetes e hipertensão arterial (MAGALHÃES, 2007).
O tratamento não farmacológico da hipertensão arterial, ou seja, sem a intervenção de medicamentos, pode ser realizada através do controle dos fatores de risco, sendo necessária, portanto, a modificação no estilo de vida do indivíduo. Devem incluir o controle de peso, redução ou abandono do álcool e fumo e o aumento da prática regular de atividade física (SHOJI; FORJAZ, 2000). Além destes, o controle da dieta e a reeducação alimentar também devem ser adotadas para auxiliar a sua prevenção e terapia (SPOSITO et al., 2007).
Uma das plantas usadas no tratamento da hipertensão arterial é o alho (Allium sativum) (Pantoja et al., 1991), que também apresenta efeitos natriurético e diurético