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O problema é da criança. São as suas capacidades que tem de ser desenvolvidas, exercitadas e realizadas. Mas, a não ser que o mestre conheça, e conheça perfeita e acabadamente as experiências da humanidade que estão consubstanciadas naquilo a que chamamos programa, ele não saberá nem quais são as capacidades, habilidades e atitudes da criança, nem como pô-las em função e atividade para sua realização."¹ (Dewey, 1980, pg.152).
Dados biográficos
Henry Paul Hyacinthe Wallon nasceu na França em 1879. Formado em filosofia em 1902, cursou também medicina, formando-se em 1908. Atuou como médico do exército francês durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Seu contato com ex-combatentes com lesões cerebrais, fez com que reavaliasse seus conceitos de neurologia, desenvolvidos no trabalho com crianças deficientes. A partir de 1920, atuando como médico de instituições psiquiátricas, Henry Wallon foi convidado a organizar as conferências sobre psicologia da criança na Universidade de Sorbonne e em outras instituições de ensino superior. O cientista permaneceu responsável por estas atividades até 1937. Em 1925, Wallon funda em Paris um laboratório de atendimento e pesquisas de crianças tidas como deficientes. No mesmo ano publicou sua tese de doutorado.
Em 1931, Wallon viaja para Moscow, onde é convidado a integrar o Círculo da Rússia Nova. A proposta deste grupo, formado por intelectuais de várias áreas, era aprofundar o estudo do materialismo dialético e examinar sua aplicação em várias áreas do conhecimento. Foi durante sua permanência na Rússia que Wallon travou contato com Lev Vygotsky, filósofo, psicólogo e criador de um novo método pedagógico. Estudioso do marxismo, Wallon filia-se ao partido comunista em 1942, enquanto que paralelamente atuava na Resistência Francesa, lutando contra a ocupação nazista. Neste período, (1941-1945) Wallon permanece na clandestinidade, retomando suas atividades regulares ao final da Segunda Guerra. A