mitos e filosofia
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ERIVALDO DA SILVA MAXIMINO JÚNIOR
TRABALHO DE ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
ASSUNTO: MITOS E FILOSOFIA
JOÃO PESSOA / PB
2014
SUMARIZANDO MITOS E FILOSOFIA...
O objetivo da presente reflexão é, talvez, demasiadamente modesto diante da complexidade e do alcance da problemática subjacente ao título “Mito e Filosofia”. Dada à universalidade e a atualidade do fenômeno, pretendo apenas esboçar algumas perspectivas para a sua compreensão filosófica. É certo que essa compreensão não pode ignorar as perspectivas de outros campos do saber. De fato, ela as pressupõe, em grande parte, mas não se reduz a elas. Na verdade, a filosofia, além do privilégio histórico de ter sido a primeira tentativa de compreensão do mito, tem consciência, desde a sua origem, do seu parentesco com ele. A filosofia, se não filha, é, pelo menos, irmã mais nova do mito e estabeleceu desde o seu berço uma fascinante relação de amizade e confronto com esse irmão mais velho (PERINE, 2008). O mito tem várias definições, que variam segundo o autor. Um dos maiores mitólogos do século XX, o romeno Mircea Eliade define assim o mito: “A definição que a mim, pessoalmente me parece a menos perfeita, por ser a mais ampla, é a seguinte: o mito conta uma história sagrada; ele relata um acontecimento ocorrido no tempo primordial, o tempo fabuloso do “princípio”. Em outros temos, o mito narra como, graças à façanha dos Entes Sobrenaturais, uma realidade passou a existir, seja uma realidade total, o Cosmo, ou apenas um fragmento: uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, uma instituição.” (ELIADE, 1972). Para o antropólogo Claude Levy-Strauss o mito é a história de um povo, é a identidade primeira e mais profunda de uma coletividade que se quer explicar. O mitólogo e antropólogo americano Joseph Campbell escreve que “o material do mito é material da