mitos e filosofia

1. Introdução
O Mito é uma visão do mundo, que procura explicar o surgimento das coisas, com base na narrativa, que sempre constitui uma imaginação. A filosofia nasce do mito, mas o inicio do primeiro não significa o final do Mito, contudo, a Filosofia constitui um processo de progressiva racionalização. A filosofia surge quando a consciência mítica entra em crise – dúvida, desaloja-o e chama a si as suas funções daquele.
Com base neste trabalho é possível compreender que o homem necessita de uma visão do mundo que integre e dê sentido à sua existência: mito e filosofia. A liberdade da razão e da consciência filosófica não foi uma conquista definitiva dos Gregos, mas é ainda hoje uma tarefa.

CAPITULO II
2. O MITO

Antes de abordarmos a questão de relação entre Mito e Filosofia, convém que esclareçamos o que entendemos por Mito, sua origem e suas funções, “consciência mítica” ou “modo de pensar mítico”. Na verdade, a atitude da filosofia face ao mito dependeu da interpretação e da noção que se fazia do mito e do seu significado.
De acordo com os grandes pensadores, a Atitude da Filosofia face ao Mito não foi uniforme pois, dela nasceram duas tendências contrapostas, à saber: Racionalismo e Os outros.
O Mito é uma realidade cultural extremamente complexa que pode ser abordada e interpretada segundo perspectivas múltiplas e complementares.

a) Para o Racionalismo: o Mito é uma forma de explicação infantil de nulo valor racional. Assim, preconizam que os Mitos sempre foram considerados como uma forma de explicação não racional, infantil, uma ficção fantasiosa da imaginação correspondente a um estádio elementar da evolução da Humanidade.

b) Para os Outros: O Mito tem, para além do seu valor estético, uma própria, com pertinência e sentido. Aqui os mitos foram considerados, primeiro, como, formas elementares de representação do mundo, explicações racionais de uma mente primitiva e “ pré-lógica”, das quais uma consciência científica e racionalista