Mito e Ritual Os Cantos de Poder
OS CANTOS
DE PODER
HZ466 Mito e Ritual
Prof. Uirá Garcia
Ítalo Alves Rissardi Ferreira
RA: 102688
Campinas
2012
Introdução
Na maior parte das culturas, sociedades e épocas conhecidas pela história, considera-se que a música detém um poder específico sobre a alma, a consciência e os sentimentos dos indivíduos e da coletividade, qualquer que seja a forma que a atividade musical assume na realidade histórica e social. Desde a antiguidade, a música era parte integrante das ciências e da medicina terapêutica. Pitágoras tocava sua lira de sete cordas já com o intuito de acalmar as mentes inquietas e curar os doentes de seus males físicos. Assim como outros filósofos pré-socráticos ele também descreveu o poder do som e seus efeitos sobre a psique humana. A ciência atualmente reconhece que a música, pela vibração das ondas sonoras, afeta em variados graus o funcionamento de nosso organismo. Em nossa era, a música, como agente terapêutico, voltou a ganhar força no momento em que buscou fundamentos na psicologia, biologia e filosofia. E a este tratamento, deram o nome de Musicoterapia. Há terapias em que a música é utilizada para provocar mudanças positivas na saúde emocional e física do paciente. Além de acalmar, animar, consolar e emocionar a música tem o incrível poder de tratar e curar doenças ou mesmo induzir ao transe.
O presente trabalho tem por objetivo abordar certo estilo de música ritualística, utilizada com o fim de cura espiritual pelos curandeiros das florestas peruanas. Esses curandeiros, conhecidos também como vegetalistas, fazem o uso de plantas psicotrópicas em seus rituais. Dentre essas plantas, denominadas plantas-professoras, a de uso mais importante é a ayahuasca.
Ayahuasca
A ayahuasca na verdade não é uma planta, e sim uma beberragem de origem indígena preparada a partir de duas plantas nativas da floresta amazônica, um cipó (Banisteriopsis caapi) e as folhas de