Mito e Filosofia
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Curso: Serviço Social Período: 1º
Disciplina: Introdução à filosofia
Docente: Severino Dutra
Discente: Thamires da Silva
Síntese
João Pessoa, 10 de Julho de 2013
Mito e Filosofia
Há muito tempo, mito e filosofia são considerados como antagônicos, todavia, protagonizam hoje uma reconciliação. Desde o principio, a filosofia, busca do saber, é compreendida como uma falácia racional que originou-se para contestar ao modelo mítico desenvolvido na Grécia Antiga e que conveio como base de sua Paideia (educação). Atribui-se a Pitágoras a introdução do termo filosofia. A palavra mito é grega e denota contar, expor algo para alguém que reconhece o narrador do discurso como autoridade sobre aquilo que foi dito. Assim, Homero (Íliada e Odisseia) e Hesíodo (Teogonia e Dos trabalhos e dos Dias) são considerados os educadores da Hélade (como se chamava a Grécia) por excelência, bem como os rapsodos (uma espécie de ator, cantor, recitador) eram tidos como portadores de uma veracidade fundamental sobre a origem do universo, das leis etc., por reportarem as narrativas contidas nas obras daqueles autores. Foi somente a partir de determinadas condições (navegações, uso e invenção do calendário e da moeda, a criação da democracia que preconizava o uso da palavra, bem como a publicidade das leis etc.) que o modelo mítico foi sendo questionado e substituído por uma forma de pensar que decretava outros discernimentos para a composição de contextos. Surge a Filosofia como busca de um conhecimento racional, sistemático e com validade universal. De Aristóteles a Descartes, a Filosofia recebeu uma conotação de ciência, de conhecimento seguro, infalível e essa noção persistiu até o século XIX, quando as bases do que chamamos “razão” sofreu árduas críticas com o desenvolvimento da técnica e do sistema capitalista de produção. O que era apresentado antes