Introdução O conceito de MIP implica a integração de todas as técnicas disponíveis no controle das pragas de uma determinada cultura para evitar o uso exclusivo do uso de produtos químicos. Os fundamentos, tanto do Controle Integrado como do Manejo Integrado de Pragas, baseiam-se em quatro elementos: na exploração do controle natural, dos níveis de tolerância das plantas aos danos causados pelas pragas, no monitoramento das populações para tomadas de decisão e na biologia e ecologia da cultura e de suas pragas. Estas premissas implicam no conhecimento dos fatores naturais de mortalidade, nas definições das densidades populacionais ou da quantidade de danos causados pelas espécies-alvo equivalentes aos níveis de dano econômico (NDE) e de controle (NC), que fica imediatamente abaixo do NDE. Outra variável importante seria a determinação do nível de equilíbrio (NE) das espécies que habitam o agroecossistema em questão. Em função da flutuação da densidade da espécie-alvo e de sua posição relativa a esses três níveis (NE, NDE E NC) ao longo do tempo, as espécies podem ser classificadas em pragas-chave (densidade populacional sempre acima do NDE), pragas esporádicas (densidade na lavoura raramente atinge o NDE) e não-pragas (a densidade da espécie em questão nunca atinge o NDE). Mais recentemente tem sido proposto também o nível de não-controle (NNC), ou seja, a densidade populacional de uma ou mais espécies de inimigos naturais capaz de reduzir a população da espécie -alvo a níveis não econômicos, dispensando assim, a utilização de medidas de controle. Na cultura da soja, esse somente são aplicados para evitar que a população de pragas ultrapasse o nível econômico de danos, o mesmo ocorrendo com inseticidas biológicos, como é o caso do Baculovirus anticarsia. Outras medias de controle biológico e de controle cultural necessitam integrar-se dentro do conceito de MIP para serem aplicadas em benefício do agricultor e da natureza. O Manejo Integrado de Pragas-MIP-