Minha Igreja Est Com A Raz O
Desde o iluminismo, a cientificidade e a objetividade predominam, subjugando a subjetividade humana (realidades, culturas, saberes, educação e experiências diferentes), porém ao suprimir a subjetividade, ela apenas é escondida e não deixa de existir, sempre influenciando a objetividade proposta por modelos prontos. As nossas Comunidades Eclesiais de Base ou Igrejas Históricas têm como se fosse um cânon fechado as suas regras próprias, vivendo um verdadeiro mito no sentido do senso comum da palavra (fantasioso), porque mito no seu sentido pleno é o primeiro conhecimento adquirido a respeito da existência humana. Um peixe é o último, a saber, que está dentro da água, e comunidades que vivem uma realidade imutável, vivem uns mitos muito maiores que a própria subjetividade humana, a sua verdade própria. A ciência propõe um distanciamento do objeto a ser estudado pra lograr êxito em sua pesquisa, no entanto um líder religioso que não está aberto ao diálogo não consegue se afastar e estudar o mito que ele está imerso, podendo assim estudar somente o mito alheio, se tornando exclusivista. Então quando se tenta manter uma comunidade imutável, ignorando a subjetividade humana, o resultado é a prisão no mito da exclusividade religiosa, combatendo dogmas com dogmas e mitos com mitos que são constantemente colocados em xeque pela subjetividade humana, ex. uma comunidade que antigamente proibia mulheres pastoras e hoje já não proíbe mais, defendiam esse mito de que mulher não podia ser sacerdote com muito afinco. A pergunta é, elas estavam certas antes ou agora? Qual mito é o verdadeiro, como diz o saudoso Paulo freire, não existe saber mais ou saber menos, existe saberes diferentes.
A Bíblia sagrada foi criada para o homem, para a sua libertação e não para sua prisão, por isso a tentativa de conformar pessoas a um modelo pronto é sucumbir em um mito, é a criação de uma verdade longe da realidade da subjetividade humana. A