mill
Mill trabalha com a perspectiva de que não cabe ao Estado delegar como deve seguir a vida social, pois é tarefa de cada indivíduo a livre escolha sobre como se conduzir. Desta forma, o Estado não é um mero meio de coerção social dos sujeitos sociais e sim deve ser gerido por esses últimos e de acordo com as características da sociedade em questão. A isso, podemos chamar de autogoverno coletivo, já que os cidadãos seriam responsáveis pelas funções administrativas e jurídicas das instituições públicas.
Para Mill, a participação política não é e não pode ser encarada como um privilégio de poucos. E está também na aceitação de que nas condições modernas, o trato da coisa pública diz respeito a todos. Porém, ao admitir as classes sociais como uma divisão entre maiorias e minorias, Mill percebe a possibilidade de um domínio de uma maioria sobre as demais classes presentes no corpo político. A participação política não é e não pode ser encarada como um privilégio de poucos. E está também na aceitação de que nas condições modernas, o trato da coisa pública diz respeito a todos. Para ele, a tirania da maioria é tão odiosa quanto à da minoria. Isto porque ambas levariam à elaboração de leis baseadas em interesses classistas. Um bom sistema representativo é aquele que não permite "que qualquer interesse seccional se torne forte o suficiente para prevalecer contra a verdade, a justiça e todos os outros interesses seccionais juntos".
Tendo em vista alcançar estes resultados, Mill propõe duas medidas:
(1) Em primeiro lugar, a adoção do sistema eleitoral proporcional, que garantiria a