fichamento mills
No primeiro capítulo de sua obra, Mills discorre sobre o que é a imaginação sociológica e sobre quais são os seus objetivos.
Para Mills, os indivíduos têm uma dificuldade em perceberem o ambiente em que estão inseridos e como seu comportamento pode influenciar, mesmo que pouco, na história da sociedade da qual fazem parte. Eles não possuem intelecto suficiente para perceber o jogo que se passa entre o ‘’eu’’ e o mundo. Eles percebem que os valores que eles prezavam antes já não têm mais a mesma estima, e que os valores novos são ambíguos demais. O capitalismo agora é um modelo que justifica a transformação da sociedade feudal em um mundo industrializado, e em todo o mundo o modo de vida antigo entra em colapso. Os senhores feudais desaparecem ou se tornam grandes empresários, os camponeses passam a ser proletariados, e o que antes eram apenas esperanças agora se tornam exigências imediatas.
Para Mills, o que os homens precisam é da capacidade de desenvolver a razão e perceber o que acontece no mundo a sua volta e o que acontece dentro deles mesmos. Pois a imaginação sociológica é isso, é a capacidade que o indivíduo tem de perceber a relação entre sua biografia e a história, de ver o mundo mais amplamente e como seus atos influenciam o rumo da sociedade.
A imaginação sociológica mostra ao indivíduo que tudo em que ele acreditava antes é o produto de uma mente fechada, ele adquire de volta a capacidade de pensar e de se surpreender.
Mills também fala sobre dois campos da imaginação sociológica, que seriam “as perturbações pessoais originadas no meio mais próximo” e “as questões públicas da estrutura social”.
As perturbações são aqueles problemas que acontecem na vida pessoal de cada ser humano, nas suas relações com o próximo e consigo próprio. Já as questões são problemas na estrutura da sociedade, em seus vários ambientes, que são interligados. Questões são assuntos públicos, é