FICHAMENTO - A IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA - MILLS, C. Wright
A IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA
MILLS, C. Wright
“[...] os homens sentem, frequentemente, suas vidas privadas como uma série de armadilhas. (…) tudo aquilo de que os homens comuns tem consciência direta e tudo o que tentam fazer está limitado pelas órbitas privadas em que vivem. (…) estão limitadas pelo cenário próximo: o emprego, a família, os vizinhos; (…) quanto mais consciência tem, (…) das ambições e ameaças que transcendem seus cenários imediatos, mais encurralados parecem sentir-se.” (p. 9)
“Não dispõem da qualidade intelectual básica para sentir o jogo que se processa entre os homens e a sociedade, a biografia e a história, o eu e o mundo.” (p. 10)
“[...] as velhas maneiras de pensar e sentir entraram em colapso” (p. 11)
“O que precisam, e o que sentem precisar, é uma qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro deles mesmos. É essa qualidade, afirmo, que jornalistas e professores, artistas e públicos, cientistas e editores estão começando a esperar daquilo que poderemos chamar de imaginação sociológica.” (p. 11)
“A imaginação sociológica capacita seu possuidor a compreender o cenário histórico mais amplo, em termos de seu significado para a vida íntima e para a carreira exterior de numerosos indivíduos. Permite-lhes levar em conta como os indivíduos, na agitação de sua experiência diária, adquirem frequentemente uma consciência falsa de suas posições sociais.” (p. 11)
“O primeiro fruto dessa imaginação: o indivíduo só pode compreender sua experiência e avaliar seu próprio destino localizando-se dentro de seu período; só pode conhecer suas possibilidades[...] contribui [...] para o condicionamento da sociedade e para o curso de sua história, ao mesmo tempo em que é condicionado pela sociedade e pelo seu processo histórico.” (p. 12)
“A imaginação