Mill
No texto de John Suart Mill, "Sobre a Liberdade", temos como tema principal da obra a questão da Liberdade. No inicio da leitura, Mill discorre sobre a luta, diferença entre liberdade e autoridade, citando como exemplos as histórias da Grécia, de Roma e da Inglaterra. Ele diz que, nos velhos tempos, Liberdade significava a proteção contra a tirania dos governantes políticos, já que estes, segundo ele, assumiam uma posição necessariamente antagônica ao povo por eles governados.
Chega um tempo, no entanto, em que os humanos percebem que não precisam ter como governante um “poder independente, de interesses opostos a eles”. Que não precisam viver em conflito com o governo:
“O que se fazia agora necessário era que os governantes se identificassem com o povo, era que o interesse e a vontade dele fossem o interesse e a vontade da nação. A nação não carecia de se proteger contra a própria vontade. Não havia receio da tirania dela sobre si mesma.” Pg 47
A relação entre governo e estado passa a sofrer modificações, conflitos se tornaram mais notáveis. Com a ocupação da republica democrática ao redor do mundo, algumas noções se modificam. É aí que Mill afirma que frases tais como "self-government" e " o poder do povo sobre si próprio", não exprimiam o verdadeiro estado de coisas. Isto é, o povo que exerce o poder não é sempre o mesmo povo sobre quem o poder é exercido, e o falado self-government não é o governo de cada qual por si mesmo, mas o de cada qual por todo o resto. Sendo assim, o povo conseqüentemente, pode desejar oprimir uma parte de si mesmo, e precauções são tão necessárias contra isso quanto contra qualquer outro abuso de poder. Vale como reflexão pensar que a vontade do povo era a vontade da maioria, e não de todos. E a "tirania do maior número é um dos males contra quais a sociedade deve se resguardar, segundo Mill.
Para ele, há um limite à legítima interferência da opinião coletiva com a independência individual. E