Militares no poder
João Goulart procurou obter apoio da sociedade nos primeiros meses de sua candidatura, a fim de que não fosse deposto. Ele fez várias promessas, entre elas a reforma agrária e a mudança da Constituição. Porém, a classe média se juntou e organizou uma manifestação conhecida como Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em contraposição ás medidas tomadas por Jango. Os militares, que também pretendiam retirar o presidente do poder, ficaram alarmados com a manifestação de marinheiros por melhores condições de trabalho, onde os líderes foram presos. João Goulart anistiou-os, o que significava para os militares a quebra da hierarquia militar. Assim, os militares aderiram ao movimento para a retirada de Jango da presidência, planejando um golpe com apoio de comandos militares de todo o país e da classe média e conservadora. João Goulart foi para Brasília, depois para o Rio Grande do Sul e em seguida para o exílio no Uruguai, sem resistir, deixando o cargo de presidente da república para o presidente da Câmara Ranieri Mazzilli, que mais tarde fora substituído por uma junta militar. Após a deposição, iniciou-se uma grande repressão á movimentos populares e partidos de esquerda. Iniciaram-se perseguições, bombas e tanques de guerra tomaram as ruas do país, sedes de partidos e sindicatos foram colocadas na ilegalidade e sobre poder militar. A perseguição foi estendida também á senadores, deputados e vereadores além de ex-presidentes. A partir desse período, começa a ditadura militar. A junta militar colocada sobre poder promulgou o Ato Constitucional, dando poder ao presidente de suspender direitos políticos, cassar mandatos, demitir funcionários públicos, etc. Foi eleito o general Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco como presidente, decretando um novo Ato Constitucional para abolir partido políticos e instituindo eleições diretas para presidente. No outro ano, foi feito o terceiro Ato Constitucional tornando diretas as eleições para