Milho
(2ª edição - ampliada e totalmente modificada)
Seja o doutor do seu milho
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO
Antônio Marcos Coelho(1)
Gonçalo Evangelista de França(1)
INTRODUÇÃO
A
pesar do alto potencial produtivo da cultura do milho, evidenciado por produtividades de 10 e de
70 t/ha de grãos e forragem, respectivamente, alcançadas no Brasil em condições experimentais e por agricultores que adotam tecnologias adequadas, o que se observa na prática é que sua produção é muito baixa e irregular: 2,0 a 3,0 t de grãos/ha e 10,0 a 45,0 t de massa verde/ha.
Considera-se que a fertilidade do solo seja um dos principais fatores responsáveis por essa baixa produtividade das áreas destinadas tanto para a produção de grãos como de forragem. Esse fato não se deve apenas aos baixos níveis de nutrientes presentes nos solos, mas também ao uso inadequado de calagem e adubações, principalmente com nitrogênio e potássio, e também à alta capacidade extrativa do milho colhido para produção de forragem.
A cultura do milho apresenta grandes diferenças no uso de fertilizantes entre as várias regiões do país.
de extrativa, com baixas produções por unidade de área, para uma agricultura intensiva e tecnificada, com o uso de irrigação. Em condições de baixa produtividade, em que as exigências nutricionais são menores (Tabela 1), mesmo uma modesta contribuição do nitrogênio e do potássio suprida pelo solo pode ser suficiente para eliminar o efeito da adubação com estes nutrientes.
Tabela 1. Extração média de nutrientes pela cultura do milho destinada à produção de grãos e silagem em diferentes níveis de produtividade. Tipo de exploração Produtividade t/ha Grãos
N
P
K
Ca
Mg
- - - - - - - - - - - kg/ha - - - - - - - - - - - -
Com relação aos micronutrientes, as quantidades requeridas pelas plantas de milho são muito pequenas. Por exemplo, para uma produção de 9 t de grãos/ha, são extraídos: 2.100 g de ferro, 340 g
de