Migrações internas
Por ser uma média a taxa de crescimento demográfico esconde a dinâmica interna da população, pois o fenômeno não é homogêneo; ao contrário, varia de uma região para outra. O crescimento vegetativo é maior nas áreas economicamente menos desenvolvidas, devido à natalidade mais elevada. É o que acontece na fronteira oeste e sudeste do estado. As áreas mais desenvolvidas são as que apresentam maior crescimento demográfico, embora tenham taxas de crescimento natural mais baixas. Isso ocorre devido às migrações internas das regiões mais pobres para as áreas com maiores perspectivas socioeconômicas. Nos anos de 1970 os grandes pólos de atração de migrantes eram as cidades que se industrializavam: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Cruz do Sul, Canoas, Guaíba e Porto Alegre. Nos anos de 1980, após a fase áurea da soja, as áreas produtoras, que outrora atraíam migrantes, passaram a converter-se em expulsoras de população, vindo juntar-se à Campanha, aos campos de cima da terra e ao alto e médio vale do Uruguai. No último período intercensitário (1991 - 2000) q população do estado cresceu a uma média geométrica anual de 1,22%, totalizando 11,4% no período. Algumas áreas cresceram bem mais que o estado, enquanto outras ficaram abaixo de média estadual.
As regiões que mais cresceram:
Litoral norte – Ao lado da atração exercida pelas atividades ligadas ao tradicional turismo de verão, a migração de aposentados, fugindo das grandes cidades, ocasionou um forte incremento demográfico da região.
Região metropolitana de Porto Alegre – Principalmente por serem mais antigos, os centros de maior expressão econômica da periferia, como Novo Hamburgo e São Leopoldo, crescem menos que as cidades incorporadas posteriormente ao processo de metropolização.
Região industrial de Caxias do Sul – A industrialização diversificada continua atraindo migrantes para a região: Caxias, Farroupilha, Bento Gonçalves, Flores da Cunha. A chamada zona