migraçoes internas no brasil
Conflitos étnicos, guerras de fronteiras e agora as consequências da crise económica e financeira estão a fazer aumentar o número de migrantes que dos países do Sul se movem para os países desenvolvidos do Norte. O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, a celebrar no dia 18 de Janeiro, chama a atenção da opinião pública para esta humanidade em movimento.
A migração representa um factor constante na formação dos vários grupos humanos. A História desmente a tese de identidades por assim dizer «fechadas». A identidade cultural de um povo é, antes, um contínuo processo de intercâmbios: é um contínuo fazer-se e refazer-se. O movimento de populações de um lugar para outro é fenómeno verificável em todas as épocas históricas. A história do homem é uma história de humanidade em movimento. A própria história da Europa moderna pode ser considerada pelos tempos das migrações internas, pelas deslocações de trabalhadores de um país para outro, pelo contínuo êxodo dos refugiados das guerras que ensanguentaram o nosso continente nos últimos cinco séculos.
Migração contemporânea
A migração contemporânea inscreve-se neste contínuo histórico mas difere do passado de vários modos, especialmente pelas causas concomitantes que hoje a geram. No seu conjunto, a migração constitui uma realidade muito complexa. Milhões de pessoas são obrigadas a deslocar-se dentro e fora dos seus países por uma miríade de factores.
Migrações de vário tipo tornam-se cada vez mais uma experiência normal na vida dos povos, grupos étnicos, famílias e indivíduos. Alguns são desenraizados e fogem de conflitos, regimes tirânicos, exploração e violação dos direitos humanos; outros, empurrados pela miséria, vão à procura de um lugar onde sobreviver; outros são refugiados, vítimas de desastres naturais ou da degradação ambiental; outros, ainda, são atraídos por oportunidades, reais ou consideradas tais, de melhorar o seu nível de vida. A tipologia da migração contemporânea