RESUMO O MECANISMO DA FLEXAO PORTUGUESA
1291 palavras
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O MECANISMO DA FLEXÃO PORTUGUESA(CAMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. 34° ed. – Petrópolis, Rio de janeiro: Vozes, 2009. 81-87 p.)
RESUMO
No capítulo X do livro estrutura da língua portuguesa, Mattoso Câmara trata do tema “ O Mecanismo da flexão portuguesa”, no qual explica e mostra a diferença existente entre flexão e derivação e vogal temática e desinência de gênero. O autor inicia com explicando o termo “flexão”, o qual tem como significado curvatura, “para indicar que um dado vocábulo se dobra a novos empregos”. No português as flexão servem para indicar os termos que ficam após o radical bem como os sufixos flexionais ou desinências, os quais, segundo o autor não se devem confundir com os sufixos derivacionais, que criam novos vocábulos. Para deixar bem clara essa distinção, o autor se apropria da diferenciação feita pelo gramático latino Varrão, o qual separou entre processo de “derivatio voluntaria” e “derivativo naturalis”, o primeiro refere-se a criação de novas palavras, e o segundo às modalidades específicas de cada palavra. Isso significa que o processo de derivação não obedece a uma composição fixa dos termos, não possuem uma classe homogênea do léxico, o que faz com que nem todas as palavras possuam suas derivadas. Assim, os morfemas de derivação não são regulares, coerentes e precisos e possibilitam, ou não o uso de determinado vocábulo derivado. Portanto, os sufixos derivacionais são “voluntaria” e pertencentes a um sistema aberto, pois não “estabelece paradigmas exaustivos e não possui uma obrigatoriedade de concordância”. Na flexão temos algo fixo e permanente, com poucas variações, e cujo uso é definido de acordo com a natureza da frase em função de sua concordância. Por isso é “naturalis”, pois obedece a uma “obrigatoriedade e sistematização coerente”... “imposta pela própria natureza da frase”. faz parte de um sistema fechado; é exaustiva e portanto, impossível “introduzir um