Migração e Mobilidade Populacional Paulista
Migrantes
É possível encontrar em São Paulo cada pedacinho do Brasil com seus sotaques e culinárias dos mais variados. Afinal, o Estado de São Paulo se transformou num dos mais importantes polos de atração de fluxos migratórios.
Para entender melhor os contrastes e o emaranhado de culturas que povoam o Estado de São Paulo não dá para deixar de falar da migração. Aqui o turista mais desavisado se surpreende com a estranha união do feijão de corda com o pão de queijo que, por sua vez, convivem em total harmonia com o forró e a música sertaneja. Tudo isso regado a um bom churrasco com chimarrão. O rápido desenvolvimento da região, a oportunidade de emprego e o sonho de uma vida melhor fizeram dessa terra o que é hoje: uma Torre de Babel. Em estatística feita em 1959 constatou-se que o processo migratório para São Paulo começou em 1901. Naquele primeiro ano, o registro de entrada de nacionais no Estado de São Paulo apontou 1.434 pessoas. No mesmo período, o número de estrangeiros aportados em São Paulo foi de 70.348 pessoas. Foi em 1923 que teve início a intensificação do fluxo de nordestinos, mineiros e fluminenses para São Paulo.
Em 1935, o governo de Armando Salles de Oliveira decidiu estimular a migração para São Paulo, com o objetivo de suprir a lavoura de mão de obra. Por iniciativa daquele governo foi estipulada, pelo sistema de contratos com companhias particulares, a introdução de trabalhadores mediante a seguinte subvenção: pagamento de passagem, bagagem e um pequeno salário para a família. As firmas contratadas pelo governo para trazer trabalhadores de outros Estados passaram a operar com afinco no Nordeste do país e no Norte do Estado de Minas Gerais. Em 1939 o Departamento de Imigração e Colonização foi reorganizado e criou-se a Inspetoria de Trabalhadores Migrantes com a finalidade de substituir as firmas particulares no serviço de migração subsidiada. Quando as famílias chegavam a São Paulo eram recebidas