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Migrações urbanas
O significado histórico da evolução do capitalismo no Brasil se configura na distribuição espacial da população ao longo do século XX marcadamente pelo processo de industrialização. Deste modo o país não foge do padrão caracterizado pelas mudanças expressas no deslocamento da população de origem rural para destino urbano
Porém, os últimos 20 anos marcaram sobremaneira as novas configurações relativas aos movimentos urbanos no país, do destino preferencial para as grandes capitais a movimentação entre cidades ganhou uma complexificação maior e preferencial nos movimentos de população.
"A urbanização crescente é uma fatalidade neste país, ainda que se dê com o aumento do desemprego, do subemprego e do emprego mal pago e também com a presença de volantes nas cidades médias e pequenas. ...Aumenta o número de cidades locais e sua força, assim como os centros regionais, enquanto as metrópoles regionais tendem a crescer relativamente mais que as próprias metrópoles do Sudeste"( Santos; 1994: 22).
Não deixa de ser surpreendente a rapidez do “amadurecimento’ dos movimentos espaciais urbanos no Brasil.”. Mas as principais mudanças - para além do destino preferencialmente metropolitano - se deram na inadequadamente designada "década perdida"- a década de 80. Embora a taxa média de crescimento entre 1980 e 1990 tenha sido quase nula para o país e mesmo negativa para São Paulo, outras regiões apresentaram comportamentos diferenciados, num claro movimento de generalização da urbanização pelo território nacional.
"Isto pode ser entendido pelo fato de que os investimentos públicos no período embora reduzidos privilegiassem as regiões Norte e Nordeste. Isso decorreu de dois fatores principais. De um lado, da continuidade e maturação de grandes projetos ligados à base de recursos naturais destas regiões ou localizados nelas em razão de decisões macropolíticas: a usina de Tucuruí; o Projeto Carajás; a maturação do polo