micro trab
Quem diria que os Estados Unidos, o maior importador de combustíveis do mundo, um país dependente de energia, iria virar a mesa e se tornar um grande exportador? Vários conflitos internacionais e até mesmo guerras foram feitas devido a essa dependência americana. Mas, graças a uma geologia privilegiada tudo mudou. Foi quando os Estados Unidos descobriram o gás e o óleo dos folhelhos que abundam no seu subsolo e o fracking, o método para extrair o precioso combustível aprisionado nestas rochas. É a revolução do xisto americano. Com essa revolução a produção americana de gás e hidrocarbonetos, que estava diminuindo, acelerou. Em poucos anos o país viu os preços da energia e dos combustíveis caírem permitindo a expansão e a revitalização das indústrias siderúrgicas, plantas termoelétricas, combustíveis e indústrias químicas. Trata-se, possivelmente, da maior revolução energética do século. A produção interna dos Estados Unidos não para de bater novos recordes. Junho não foi exceção: a produção bateu novo recorde atingindo 68,1 bilhões de pés cúbicos ao dia, um aumento de 5,4% em relação a 2013. O interessante é que em 2005 as empresas americanas acreditavam piamente que os Estados Unidos seriam o maior importador de gás (LNG) do mundo superando o Japão. Consequentemente elas investiram bilhões de dólares em terminais de importação do gás que viria de países exportadores como o Catar. O tiro saiu pela culatra. Hoje os Estados Unidos produzem mais do que o país queima e passaram a ser grandes exportadores se ressentindo da falta de terminais de exportação. As coisas mudaram... As vantagens do gás do xisto não ficam no âmbito econômico, mas se propagaram ao político. É graças ao gás do xisto que os americanos estão consolidando os laços político-econômicos com a Europa e com o Japão. A Europa ameaçada pela Rússia de ter o seu suprimento de gás cortado, correu para o big daddy,