Micro crédito
É como dar a oportunidade de acesso ao crédito àquelas pessoas que não têm acesso ao sistema bancário formal.
A grande maioria das instituições que hoje atuam como microcrédito utiliza recursos do sistema bancário formal como mandatários disponibilizados via BNDES ou bancos de desenvolvimento locais. Quando utilizamos esses recursos, temos também de seguir as mesmas regras que os bancos formais são obrigados, ou seja, temos de verificar ficha cadastral, pedir fiador e confirmar se a utilização dos recursos foi feita dentro do objetivo proposto. A única diferença é que o risco do crédito é analisado de forma mais amena do que num banco formal, pois a comprovação de renda muitas vezes é feita fora dos padrões bancários, via documentos.
Com isso, o custo do empréstimo no microcrédito aumenta consideravelmente, elevando consequentemente o interesse por créditos médios cada vez maiores, por parte das instituições de microcrédito que atuam hoje no Brasil. Esta pesquisa se desenvolveu entre agosto de 2008 a março de 2009, através da investigação dos efeitos do microcrédito no micro empreendimento e na vida do financiado, tendo como base teórica autores nacionais e internacionais, com destaque para Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank e desenvolvedor das metodologias que se alastraram pelo mundo em função do resultado alcançado no combate à pobreza. Teve como organização alvo da investigação o Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos (CEAPE), posto de Santo Antonio de Jesus - BA, sendo os clientes desta cidade os investigados. Houve o direcionamento para a análise do efeito do microcrédito nos micro empreendimentos e a relação do aval solidário, observou-se a pressão interna dos grupos de empréstimo e sua relação com a pontualidade nos pagamentos, averiguou-se também os resultados proporcionados pelo acompanhamento do agente de crédito. Foram observados avanços ao número de venda, clientes e renda familiar após a tomada do microcrédito,