METODOLOGIAS ALTERNATIVAS
COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS, INCLUINDO
DEFICIÊNCIA MENTAL, EM NÍVEIS DIVERSIFICADOS DE
COMPROMETIMENTO.
Introdução
Com muitos anos de experiência em Educação Especial, quase duas décadas, mais propriamente em escolas especializadas, pôde-se perceber que as dificuldades com as quais nos esbarramos são sempre as mesmas, ou no mínimo, muito parecidas. Sabe-se, pela análise histórica das organizações ou associações que abrigavam, muitas vezes e, ainda abrigam, as pessoas deficientes, que o caráter primeiro de tais instituições era somente o de
“cuidar de indivíduos desprovidos de sorte, verdadeiras aberrações da natureza”. Segundo as
Diretrizes Curriculares de Educação Especial para a Construção dos Currículos Inclusivos
(Documento Preliminar):
Os primeiros modelos para explicação das anomalias físicas, mentais ou sensoriais, decorrentes de deformações congênitas ou doenças graves que acometiam as pessoas, foram buscados na mitologia e no sobrenatural, durante séculos. Na Idade Média essa crença foi intensificada, concebendose a deficiência como obra e intervenção direta de Deus ou de outros seres superiores, seja sob forma de castigo para expiação de pecados, seja, sob forma de benção quando privilegiados pelo dom da vidência ou do milagre da cura.(DCEE, SEED, p.7) No entanto, para nos referirmos à Educação Especial relacionando-a ao setor educacional, contamos com pouco tempo de experiência, já que esta modalidade de educação foi realmente sistematizada na década de 60. De lá até os momentos atuais, muitas formas de pensar, pesquisar e agir foram perpassadas, mas não seria incoerente alertar que há profissionais ainda hoje, que continuam entendendo as escolas especiais com uma visão decadente que envolve somente o ato de “cuidar”, em detrimento ao ato de “ensinar” de um saber sistematizado, como acontecem nas escolas do ensino comum. Não há mais como fingirmos ser escolas, se