Metodologia e letramento
Particularmente eu fui para a escola aos seis anos em uma turma de pré-escolares, mas só fui ser alfabetizada mesmo, na minha 1ª série, numa escola de nome Grupo Escolar João Vieira de Oliveira Carvalho, e tenho boas lembranças da escola.
No quarto ano primário, tive uma professora que se tornou inesquecível em minha vida escolar, seu nome, Dna. Semíramis Réa adorava aquela professora, que inclusive era vizinha minha, ela tinha paciência comigo e foi através dela, que devo ter começado à gostar de escrever poesia, pois, ela me fez declamar uma poesia que falava de Anchieta (que catequizou os índios); ela dizia:
“Anchieta grande mestre, grande apóstolo de Deus/ Fez de todos os indiozinhos, verdadeiros filhos seus.
A poesia era extensa, mas, este foi o trecho que me foi dado para declamar, para um pátio cheio de pessoas. Outra coisa de que me recordo bem foi de uma música italiana que ela nos ensinou.
Algo aparentemente bom, mas, que não me trouxe muito progresso na escola, foi o fato de meu pai, apesar da boa vontade em me auxiliar na lição de casa e em minha alfabetização, me fazia ler ou escrever alguma palavra colocando um pedaço de papel com um furo no centro para que eu lesse ou escrevesse só aquele pedacinho de palavra. Eu aprendi então dessa maneira; lembro-me de que era também meu pai, que me auxiliava nas palavras cruzadas que eu trazia da escola como lição de casa, uma prova que, desde aquele tempo, a escola com alguns métodos utilizados, não mudaram nada, o que a torna defasada para as atuais demandas que o ensino requer.
Estar Alfabetizado, é não apenas ter podido aprender os códigos de nossa língua, mas, também, através deste aprendizado, estar em contato com as diversas formas de escrita e leitura, e antes de tudo fazer uma releitura da vida (do que já existe na vida);ser alfabetizado é mudar o que já é! Proporcionar inovação e mudança; saber-se sujeitos de todas as ações enquanto pessoa humana!