No capítulo 4 do livro XXXXXXXXXXX, intitulado "Como respondo cientificamente a uma questão jurídica controversa?", os autores Rafael Queiroz e Thiago dos Santos iniciam a explanação enfatizando a importância de se ter, como tema central de uma pesquisa jurídica, um problema de difícil resposta. Nesse sentido, explica-se que existem questões jurídicas que podem ser mais facilmente respondidas, em geral, pelos chamados "operadores do direito". Os operadores são profissionais com formação técnica em direito e capacitados para resolverem situações cotidianas no âmbito jurídico, como um caso de prescrição de uma lei. Contudo, existem situações em que a resposta não é nada simples. Os autores utilizam um caso de investigação de paternidade que tramita em Minas Gerais. Neste caso, há uma surpreendente dúvida em relação à identidade do filho, pois os dois possíveis pais são irmãos gêmeos univitelinos, de modo a tornar os resultados dos testes de DNA inconclusivos. Diante de tal imbróglio, percebe-se que a resposta é extremamente difícil de ser colocada. Então, é preciso buscar uma forma científica de responder à questão controversa: regrada, transparente e impessoal. É necessário, pois, proceder através de uma lógica científica. Nessa lógica, o pesquisador deve colocar sua posição inicial como uma hipótese, para que seja refutada, confirmada ou, até mesmo, que se perceba não haver resposta satisfatória. Assim, a hipótese pode ser reafirmada, negada, ou ter uma resposta parcial. Além disso, os autores esclarecem que o problema de pesquisa deve ser bem delimitado, bem construído. A pergunta deve ficar clara para o leitor. No caso de assuntos controversos, este fator é especialmente importante, pois servirá para dirimir dúvidas além daquelas já inerentes ao problema. Da mesma forma, a resposta deverá ser complexa, mas também colocada de maneira clara, não esquecendo da natureza controversa do questionamento. Ademais, é de grande importância, também, que o problema