METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
O sistema de ensino superior exige cada vez uma maior capacitação do corpo docente, porém, não necessariamente no campo da educação e isso se configura como um dos maiores problemas enfrentados pelos sujeitos inclusos dentro desse processo. No Brasil, a educação de adultos no ensino superior tem como principal objetivo a preparação profissional, desenvolvendo o indivíduo para uma “construção e reconstrução do saber” e preparando-o para uma participação mais ativa na formação de uma sociedade autônoma. Há que se desenvolver trabalhos com os educandos de modo adequado, onde suas particularidades sejam respeitadas, e suas “atitudes, habilidades, e aquisição de conhecimentos” sejam “compatíveis com os objetivos do Ensino Superior”. (BERBEL, 1995, p. 11). Alguns professores de universidades desenvolvem atividades que estão associadas às aulas expositivas e diretivas, colocando-se no centro do processo de ensino-aprendizagem. Não levam em conta as especificidades de cada educando e desenvolvem a aula de acordo com a sua área de atuação, sem ter bases pedagógicas e ocorre que muitas vezes, o aluno não tem oportunidade de expor suas idéias ou dúvidas. Esse “educador” que por um lado domina a técnica, o conhecimento, não domina, por outro, a didática pedagógica e não tem habilidades para formar o lado cognitivo de seus alunos. O professor precisa se reconhecer também como sujeito da “produção do saber” e, “se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. (FREIRE, 1996, p. 12). Desse modo, para Freire (1996), a teoria só será identificada se tiver um caráter transformador e dessa forma, através da práxis pedagógica, ela cumprirá a sua função de reflexão sobre a realidade concreta. Libâneo (2003, p. 2) fala que as universidades precisam desenvolver no aluno “habilidades de pensamento e procedimentos necessários para essa prática”.
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